eu me acho tão legal as vezes mas tão insuportável em outras. em alguns momentos sou capaz de apontar precisamente quais comportamentos meus incomodam as pessoas ao meu redor, ou então me incomodam e por isso projeto esse incômodo no outro. se eu estiver em um dia bom, talvez eu me ache interessante, com um papo diferenciado que guardo só pra quem sinto que tem a energia capaz de entender a minha graça.
não sei dizer direito o que me diferencia das outras pessoas sem me sentir extremamente igual a todo mundo sendo que sempre me sinto extremamente isolada de todos que não estão reagindo exatamente da mesma forma com os mesmo sentimentos. blah. sei lá.
posso sentir que sou revolucionária, engraçadinha, uma pária da sociedade e simplesmente a pessoa mais sem sal de todo o mundo. mas aí fico pensando se toda coisa que sentimos sobre nós mesmos somos o que somos ou não.
hoje estava lendo sobre como o ser consegue ser definido apenas a partir daquilo que ele não é. mas como saber exatamente o que você é ou não? como definir quais perguntas devem ser feitas para se entender? a graça, por exemplo. ou sou engraçada, ou não sou. posso ser intensidades infinitas de engraçada, ou sou apenas dicotomicamente engraçada? sendo assim, como posso me definir como engraçada ou não se não sei qual é a resposta para o que é a graça? sei o que não sou apenas em poucos aspectos. não sou um elefante, na medida que não sou gigante, e cinza e possuidora de um tromba. tudo indica que não sou uma peixe nem um gato nem um cachorro nem um pé de manga. mas tem momentos em que acredito que sou tudo isso e muito mais.
em outros termos, não sei o que tenho certeza sobre mim.
acho que eu, gabriela, sou um pouquinho carente de atenção. me acho engraçadinha, de vez em quando me faço sorrir. as vezes me acho inteligente também. gosto de sair falando bobagens sobre as coisas que leio vejo faço. sinto falta de um passado que não sei se vivi ou imaginei que vivi. gostaria de fazer algumas coisas de forma diferente. é aqui no miau gastrobar, o blog, em que moram meus pensamentos que grito pra humanidade talvez responder.