gato de roupa de dinossauro

passatempos para uma mulher que precisa evitar a monografia

com o advento da internet, cada vez mais nos acostumamos a ficar o dia inteiro nas redes sociais, perdendo todos os nossos momentos de ócio e vivendo uma vida mais veloz, vazia e que acaba mais rápido.

ao menos é o que parece. pode ser clichê, mas tenho vivido isso e pensado todos os dias nessas questões. não quero que minha vida acabe sem eu sentir que fiz alguma coisa de verdade além de mexer nas redes sociais. ademais, vendo um vídeo no youtube sobre detox de dopamina, percebi que eu nem mesmo gosto de ficar no twitter o dia inteiro, rolando a barra pra baixo.

enquanto escrevo isso, estou ouvindo o podcast autoconsciente e ele fala de multitarefas e não consigo parar de pensar que sou tão viciada em redes sociais e numa ideia de produtividade que eu nem pratico, afinal, me deixa desesperada, que não consigo nem ouvir um podcast sobre autoconhecimento sem estar fazendo outra coisa ao mesmo tempo. penso em quando estou assistindo série com meu namorado tentando evitar que ele perceba que estou mexendo no celular porque eu PRECISO rolar a timeline pra baixo.

o podcast que eu mencionei..

o twitter me ajudou a jogar a faculdade no lixo.

kk

dado esse contexto tenho pensado em tentar passatempos diferentes que me deixem offline. ficar offline é ótimo. segue então a lista do que estou investindo para poder viver sem estar na internet.

  1. crochê e tricô.

sim, crochê. como uma velhinha. há muitos e muitos anos, minha avó sentava no sofá e fazia crochê. todas as toalhas da casa tinham bainhas lindas de crochê. minha mãe e irmã foram influenciadas e faziam crochê também. eu fazia alguma coisa, com poucos anos de idade.

quando penso nessa versão da minha avó, a minha vida me parece muito diferente. provavelmente porque ela era muito diferente, mas também porque o mundo era todo de outra forma, tanto pra mim quanto para a humanidade em geral. lembro da minha família tomando café da tarde na cozinha. lembro de assistir novelas e sessão da tarde no sofá, com a minha avó. crochê e baralho. nessa época, minha avó era muito forte e talvez eu até pensasse que ela era imortal. tudo bem, eu era criança. o tempo passou e as coisas foram se complicando. quando ela morreu, já era claríssimo pra mim que minha vó era frágil e não era mais como na minha infância.

mas enfim. o crochê! como o crochê é um trabalho manual, não é possível fazer crochê enquanto se mexe no celular. é uma situação em que só se tem vencedores. coisas de crochê podem ser lindas e podem ser bregas mas saber que eu sou capaz de fazer isso com minhas próprias mãos. por isso, e por questões da minha história, decidi aproveitar a indireta dos céus, que colocou uma agulha de crochê lilás na minha cabeça e comprar tanto a linha quanto a agulha. até agora aprendi a fazer o ponto baixo, baixíssimo, argolinhas. estou com dificuldade para fazer o ponto alto, e também para ler aqueles diagramas que explicam como fazer coisas. acho que tem a ver com o material da linha que eu comprei, plástica demais e acaba escorregando. mas vamos ver o futuro. quero poder construir coisas com minhas mãos.

dito isto, e considerando que estou comprando compulsivamente coisas, comprei agulhas de tricô e comecei a tricotar também. sei fazer um ponto e adoraria tentar outros. mas com calma.

linhas e agulhas

2. palavras cruzadas.

meu deus do céu gabriela. você só tem hobby de mulher idosa???

pode ser que sim. talvez seja uma questão minha, de me espelhar nas pessoas calmas da minha vida. minha tia, que nunca fez crochê na minha memória, mas que jogava baralho comigo e com minha avó, estava frequentemente com um exemplar de a recreativa, fazendo palavras cruzadas na cama. meu pai também adora palavras cruzadas e eu sempre amei poder ajudar os dois com sugestões de palavras. além disso, já fiz palavras cruzadas com meu amore e com meu amigo pedrão e é muito divertido de fazer acompanhado.

talvez seja um reflexo da minha versão sabichona, que almeja saber de todas as coisas e que sentia satisfação em fazer provas. é provável que sim, mas me deixa muito feliz solucionar sozinha uma página de cruzadas em branco ou de rébus. morro de medo de que o público das palavras cruzadas diminua demais e a recreativa pare de existir. é muito mais divertido que a principal rival, exige mais da cabeça, mesmo com alguns absurdos.

a revista que acabei de terminar

comprei um pacote com 12 revistas no site deles e tenho feito de vez em quando, tanto sozinha quanto acompanhada. e eu amo. eu amo eu amo. eu sinto meu cérebro malhando. obrigada a recreativa. obrigada.

3. valorant

mais JOVEM do que eu??? mais GAMER?

quem me conhece sabe que possuo total falta de coordenação motora fina. é até engraçado falar de fazer crochê ou aquarela pois nunca fiz essas coisas, e não desenvolvi lá muita coordenação motora fina. mas nada nisso deixa tão óbvio esse fato quanto jogar valorant.

outro fator que pode ser chocante é que eu sempre detestei joguinhos de tiro e violência em geral.

mas e daí? meus amigos começaram a jogar e eu decidi começar também. no começo eu era muito péssima e horrível. agora sou só muito péssima. mirar é completamente difícil pra mim. mas acho que um ponto muito positivo do jogo é que, como é em grupos, e eu sempre jogo com meus amigos, acabo jogando e conversando durante todas as partidas. isso ajuda a passar um pouquinho da saudade dos meus amigos que não vejo mais todos os dias.

pode ser estressante de vez em quando, quando uns idiotas enchem o saco, mas caguei. estou ali pra me divertir. funciona. eu só jogo muito mal, mas fico muito feliz mesmo assim.

4. aquarela.

devido ao prime day, senti um impulso de comprar lápis de cor aquarelável na promoção. até agora eu pintei apenas um daqueles livros de jardim de pintar. e não sei se chamaria isso de fazer aquarela. mas kk. quem pode me julgar?

6. leitura.

tudo bem eu sempre li. e eu sempre leio quando estou surtada, como agora. mas tenho aumentado o ritmo. mais sobre isso no futuro. vocês verão.

5. escrever

acho que é autoexplicativo. nada como escrever um texto pessoal no meu blog, enquanto faço uma espécie de auto análise, ao invés de fazer uma análise discriminante em números horríveis, e escrever baboseiras na minha introdução de novo e de novo.

olhando meu namorado que está lendo enquanto resolvo palavras cruzadas..

é lógico que um dia terei que retornar a realidade. eu preciso terminar meu tcc. mas como? perguntas que serão respondidas nos próximos capítulos.

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