talvez não funcione muito bem mas eu gosto de tentar escrever alguma coisa pra esse blog todos os meses. mas nesse último mês nem mesmo pensei nisso aqui. desde que a taylor swift disse que august slipped away like a moment in time, assim foi feita a palavra, e eu mal existo nos meses de agosto. (todas as duas unidades de agosto que aconteceram d.f. (depois do folklore)).
haha
engraçado reler isso em pleno 28 de setembro, data em que digito essas palavras.
agosto passou rápido e setembro passou voando, não me recordo de um dia sequer desse mês. o tempo passa muito rápido quando você está no modo de trabalha/estuda/limpacasa/.
não sei, não estou satisfeita com essa postagem, sabe? fico pensando que cabe mais aqui, que eu tenho mais a dizer. fui procurar nos rascunhos alguma coisa, algo que eu tenha deixado pela metade e que eu pudesse completar, que talvez juntando com esse aqui, virasse um só, e achei um post que está até que grandinho, que eu escrevi quando meu streak do duolingo tinha 100 dias e que reescrevi novamente depois quando streak estava com 250 dias. para fins de comparação, hoje mesmo completei um streak de 563 dias. e eu achei bom, mas acho que fica meio sem sentido retornar tanto assim pro passado num post do futuro.
mas ao mesmo tempo, eu gostei dele e me arrependi de não ter postado…
o blog é, afinal, o lugar em que leio onde minha cabeça estava nos momentos anteriores. em agosto e setembro, onde que eu estava? quem eu era?
eu não sei. 400 dias atrás, eu sei que estava triste e sentindo que as coisas não tem escapatória. já há 210 dias, ficou claro que esse havia sido apenas um momento difícil em meio aos momentos difíceis que apenas um governo de extrema direita poderia proporcionar. domingo foi mais um desses dias, assim como o curto mês de agosto, eu acho.
segue abaixo a postagem que era originalmente de 30 de junho de 2021:
head empty, no thoughts.
acabei de ler um tweet falando que a lua crescente é um tempo de... crescimento. groundbreaking. bom, tempos de crescimento são tempos de criatividade, criação, desenvolvimento. a fonte é a minha imaginação, claro. o que prova que está funcionando essa coisa de lua crescente.
não sei por que mas nunca mais sinto vontade de escrever nada. talvez eu esteja um pouco deprimida, não sei. é insuportável morar no brasil de bilsonilro. tudo que acontece em um contexto macro é ruim. não há notícia boa.
enfim.
não penso mais em nada.
lista de coisas que fiz desde a última vez que escrevi aqui e gostei de fazer: 1. li livros da agatha christie:
esse aqui, os 13 problemas, é muito bom! são vários casos, recomendo.
o jeito que esses livros me dão paz interior é diferente. nada é capaz de me deixar tão alheia aos acontecimentos ao meu redor quanto ler um mistério do Poirot e tentar descobrir sozinha quem é o assassino com as dicas que ele dá. exceto, talvez, por ler um mistério com a Miss Marple e tentar encontrar o assassino por meio das anedotas que ela conta da vida no interior.
sigo preocupada com o que farei com a minha vida quando eu terminar de ler todos os livros dela. mas é como aquela expressão que aprendi no CCAA, we'll cross that bridge when we come to it.
2. vi dois filmes do studio ghibli
já tentei assistir aos filmes do studio ghibli com meu mozinho diversas vezes, mas eu não estava no mood... sabe? achei meio sem sentido e não aproveitei. contudo, mês passado mozi me chamou pra ver a viagem de chihiro e eu me diverti tanto. todos os personagens são legais, a história é muito divertida e eu simplesmente adorei tudo. fun fact: esse é o filme que mais amigos meus no letterboxd assistiram.
lindo.
também assistimos porco rosso. bom, eu assisti, visto que meu namorado dormiu no filme todo. está tudo bem érick aqui ninguém vai te julgar. achei esse filme tão gostoso. a ambientação perfeita, as músicas e o visual fazem você sentir que está naquela itália. nossa, não sei nem como explicar o que senti, mas foi muito bom. foi ótimo quando as meninas criaram o feminismo para fazer o avião pro porco, ele contando a história de quando virou porco, as cenas de ação que são doidas. foi incrível. eu adorei.
3. joguei fortnite.
sou a mais nova fã de joguinho de tiro! e aliás jogar isso com a mariana é tudo pra mim. me renova.
4. completei um streak de mais de 100 250 dias no duolingo
a gabriela fã de animes vai a loucura! tenho lido mangás e assistido animes e senti vontade de aprender japonês, uma língua que, apesar de ter 3 alfabetos, tem fonemas mais semelhantes aos do português do que o mandarim, por exemplo, que era muito frustrante pra mim visto que não consigo ouvir diferenças entre os má mà mâ ma mA. no caso, entre o dia que comecei a escrever esse post, e o dia oito de novembro, já cheguei ao streak de 250 dias. será que permanecerá pra sempre? espero que sim, é divertido.
5. nao sei estou morta por dentro e nao sinto nada nao sei de nada nao tenho vontade de falar mais nada.
gr. haha! o que será que rolou nesse momento aí, mais de 150 dias atrás, quando algo deve ter me machucado muito? não sei.
parece errado continuar uma postagem que quem escreveu foi uma versão diferente de mim. afinal, como eu posso me recolocar na posição que eu estava quando comecei a escrever essas coisas acima? ok eu editei um pouco a parte do fortnite e do duolingo. mas num geral, quem sou eu para continuar um raciocínio que eu já nem sei qual deveria ser? pelo que eu li, e vocês também leram, eu estava apenas depositando uma lista de coisas que estava fazendo com frequência num momento em que eu estava mais pra baixo. como é inevitável de ficar morando no brasil do boslsinoro e vivendo sem perspectivas de futuro, que é como é eu estava na época.
mas tudo mudou. e por tudo eu quero dizer algumas coisas.
então segue o que eu fiz e os motivos pelos quais sinto que eu hoje sou diferente da eu que escreveu o começo do post.
estudei muito pra determinada prova de concurso que aconteceu em determinada data que caiu perto do meu aniversário.
eu estudei bastante, gatas. por mais que eu estivesse fazendo isso sem obrigações, mesmo desanimada, mesmo que não fosse um fluxo contínuo de estudos, eu estudei. deu frutos, pelo visto.
~~
sim, o final é meio abrupto. é que provavelmente eu achei insuportavelmente cringe e desisti de continuar. sei lá.
~~
o animal conta os minutos para dar 16h04. a perna embaixo da mesa treme de antecipação. o relógio do ponto já está vermelho e o animal está com o registro aberto, faltando apenas o passar dos minutos para o enter que simboliza o fim do expediente. dentro do animal, existem dois lobos, e parado na porta de saída do escritório, ele pondera: finalmente iremos a caça ou a casa?
é claro que a caça vence.
depois de seis horas da mais pura chatice e estresse, o animal merece alguma coisa capaz de proporcionar sentimentos de alegria no âmago de sua alma. o animal sai em direção ao mercado, onde percorre em círculos todas as gôndolas repetitivamente. qual produto de limpeza parece ser capaz de mudar vidas? qual pote de 5 reais será responsável pela reorganização total da cozinha? qual dessas comidas vai proporcionar maior satisfação? o animal não sabe dizer, e acumula produtos nos braços desesperadamente, arrependido de não ter pegado a cesta antes que fosse tarde…
mas não é suficiente.
o animal não está satisfeito e precisa caçar algum lugar melhor. algum lugar que o faça realmente feliz. o animal vai em mais um mercado e compra mais 100 reais de itens diversos que não possuem coerência entre si.
o animal gastou 250 reais no total.
o seu vazio interior continua estranhamente… presente. não vai ter jeito… amanhã ele terá que caçar novamente.
mercado.
~~~
obviamente minhas palavras se tornam obsoletas antes mesmo de serem pronunciadas. o presente sempre é o passado do futuro.
hoje, sentei na frente da tv por apenas alguns minutos para descansar do trabalho antes de começar a estudar mais um dia para um novo concurso. o problema do celetista é esse: sentar no sofá. o risco que ele corre é enorme, afinal, o sofá é notadamente o maior sugador de energia vital do ser humano (perdendo apenas para a labuta), que é utilizada imediatamente numa experiência de teletransporte dimensional. basta uma sentadinha após o expediente, e você pode se encontrar novamente 3 horas depois descabelada e com fome, sem entender como passou todo esse tempo em outra dimensão (o tiktok).
mas, como eu estava com uma leve dorzinha nas costas, decidi descansar meu corpinho por apenas alguns minutos, enquanto assistia alguma coisinha na netflix, vocês sabem como é. quando eu dei por mim, estava no sexto episódio de garotas do fundão, uma deliciosa série da netflix espanhola, com apenas seis episódios de quarenta e poucos minutos. e foi muito bom!
é ótimo quando você encontra uma série que faz com que você nem mesmo sinta culpa por estar abdicando das suas responsabilidades para poder assistí-la. não é um sentimento que sinto com frequência, então fiquei bastante feliz por poder sentir novamente essa emoção. a série inicia com 5 mulheres raspando as cabeças, e logo entendemos que elas fazem aquilo porque uma delas está com câncer, e elas farão uma viagem para esquecer disso por alguns dias. nessa viagem, elas decidem se decidir a realizar desejos profundos das almas de cada uma, em formato de desafios. é uma amizade linda, entre personagens marcantes, realistas, e apesar do assunto pesado, você não pensa nele em momento algum.
na realidade, é esse o objetivo da viagem delas, e é exatamente o que elas conseguem com a série, que trata de inúmeros assuntos difíceis sem perder o bom humor. a gente vê muitos questionamentos sobre sexualidade, moralidade, relacionamentos em suas mais diversas formas. a sensação de que os desafios podem mudar vidas, porém muito provavelmente não mudarão nada, é uma sensação que eu mesma senti e sinto em muitos momentos da minha vida mesmo.
nossa. eu realmente recomendo, acho que é uma das melhores séries que já vi na vida.
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