é a gente que tem que correr atrás.
passei algumas noites planejando palavras que eu escreveria nesse exato espaço em branco. obviamente, agora que me vejo plantada em frente ao editor de texto, todas as palavras desaparecem da minha cabeça. mas é como diz o gabriel medina: quando não tem onda, a gente tem que correr atrás.

estou viciada nessa propaganda que é repetida a exaustão durante as olimpíadas na globo, mesmo que seja uma propaganda de banco, uma instituição que eu detesto. ela tem todas as características necessárias para me agradar: mar, praia, uma boa frase motivacional, um deus grego, além de aproveitar a estreia do surfe como esporte olímpico e o melhor surfista do brasil. foi uma ótima ideia, parabéns brad*sco.
aliás, em oposição ao resto do brasil, eu não só não odeio gabriel medina, um homem que foi claramente GARFADO nas semifinais das olimpíadas, como também admiro muito o último dos românticos. honestamente, já achei sacanagem todo o twitter zoando ele com o lance da yasmin brunet não conseguir ir pro japão sendo que ela faz parte da equipe técnica dele. o twitter tem essa mania de ler manchetes e não ler notícias e querer dar pitaco em tudo que as vezes é bem insuportável.
fico pensando aqui nesse relacionamento mesmo não tendo nada a ver com isso. muita gente parece achar que a yasmin é controladora, além de responsável por ele ter cortado as relações familiares, mas isso só prova o poder da pessoa tóxica, já que a tóxica de verdade era a mãe dele. enfim, é um casal muito lindo que se ama, uma coisa que o brasil odeia. no fundo todos tem inveja do último dos românticos, gabriel medina, um refresco para nossos olhos em tempos de homens que não veem mulheres como pessoas. (talvez ela seja sim controladora, mas cabe a mim fazer essa análise? logo eu, que tudo que sei sobre o casal é que ela o libertou, como diz a própria tia dele??)

é triste que, depois de tudo que ele deve ter sofrido com a jocasta, justo no momento em que ele se livra desse peso, os juízes metam a mão na nota dele bem na estreia do surfe nas olimpíadas. é um fato bem registrado que o mundo do surfe odeia brasileiros, com seus casos de localismo e simples preconceito e inveja de pessoas mais talentosas e que fazem mais barulho. (aliás, desagradável que todo texto que tenta explicar esse fenômeno não consegue deixar de achar que tem um pouco de justificativa sim. longe de mim querer dar pitaco no que não sei, mas discordo completamente e duvido que os brasileiros sejam os únicos do mundo que já “roubaram” uma onda de alguém.)
mas por que falar sobre isso? bom. aí é como diz o medina. quando não tem onda (conteúdo sobre o qual falar), não tem jeito (não tem como escrever). é a gente que tem que correr atrás (escrever qualquer bobeira.).
mas coincidentemente hoje aconteceu uma coisa que me faz querer escrever também. assim que cheguei na casa do meu amado, voltamos com um hábito que a gente tinha quando eu morava aqui, o de assistir séries curtas durante o almoço. já assistimos the good place, the office, community e assim que eu cheguei começamos a ver uma série documental muito bacana chamada a origem do sabor. eu tava doida pra escrever sobre ela, mas queria chegar ao final antes pra poder falar sobre tudo, e justo hoje, no meu último dia com meu amorzinho, chegamos ao final.

A Origem dos Sabores é uma série chinesa sobre comidas e ingredientes tradicionais de algumas regiões da China. Em cada uma das 3 temporadas, temos a oportunidade de conhecer comidas de regiões diferentes da China, e são comidas muito diferentes do que estamos acostumados no Brasil. NÃO SEI MAI SESCREVER que odio quye raiva meu deus como pode ser tao dificil.JHVFGBSJKDFADÇLFG

ia falar bem dessa bosta de série mas após passar 40 minutos tentando tirar print da tela pra vcs verem os gatos de flavourful origins broxei completamente e sinto
calma.
está tudo bem. vamos falar em pontos.
bem.
por algum motivo que foge a minha compreensão, a netflix decidiu que eu deveria assistir a essa seria começando na terceira temporada e terminando na primeira. então vou falar sobre ela nessa ordem.
na primeira terceira temporada, visitamos a província de gansu, um lugar que tem clima árido, o que torna difícil desenvolver a agricultura da região e nos proporciona o prazer de ver ingredientes como linhaça, trigo sarraceno e ervas sendo transformados em comidas diferenciadas. uma coisa que achei muito boa nessa temporada é que somos apresentados a métodos milenares de conservação e um monte de fazendeiros que cozinham os ingredientes de forma bem diferenciada, como no episódio sobre vísceras, em que eles cozinham os miúdos da ovelha dentro da membrana do estômago da mesma.
já na segunda temporada visitamos a província de yunnan, que tem uma wikipedia muitíssimo maior que a anterior. nessa temporada, temos outros ingredientes, a aparência das pessoas é diferente, e as roupas são muito mais coloridas. é interessante notar essas diferenças, especialmente porque nós não percebemos imediatamente em qual episódio se deu a mudança de temporada, mas como esses detalhes eram muito fortes, ficou óbvio. aqui temos menos fazendeiros fazendo receitas ancestrais, o que me incomodou, mas não incomodou o erick.
já na terceira primeira temporada temos a região cultural de chaoshan, que fica na província de guangdong, também conhecida como cantão, que é onde as pessoas falam cantonês! foi a minha temporada preferida pois essa região fica na costa chinesa, então temos mais frutos do mar, mais cidades, e mais ingredientes que eu conheço. e também mais episódios, o dobro do que nas temporadas posteriores. aqui temos caranguejo marinado, algas marinhas, ostras, um negócio chamado refeição de peixe, molho de peixe, bolas de peixe, mexilhões…
mas principalmente nós somos agraciados com belas imagens de gatos lindos em quase todos os episódios. tentei tirar print de alguns mas como deu pra perceber, não consegui.
esqueci de dizer que em todas as temporadas a fotografia é muito bonita e você sente vontade de comer todos os mingaus e gelatinas que os chineses fazem com os mais diversos ingredientes. é fascinante a forma como podemos perceber a culinária chinesa nessa série. tem alguns pontos que eu já tinha notado ao ver os vídeos da dianxi xiaoge, como, por exemplo, o costume de fazer conservas ou secar alimentos no sol, ou até sobre a textura dos alimentos, que é sempre meio… glutinosa. ver os processos utilizados para transformar carne de boi em uma almôndega gelatinosa, como acontece no episódio 13 da primeira temporada, ou então observar o longo processo para fazer o que me pareceu muito com um grande mingau de trigo sarraceno, o gua gua, no quinto epi da última temporada, nos permite entender melhor a cultura e a culinária chinesas, e transforma a série numa maravilha para quem gosta de comidas, culturas e belas imagens.
enfim, eu recomendo muito. os episódios são curtinhos, com apenas 12 minutos, muito informativos, com explicações científicas explicadas por uma voz relaxante, fotografia maravilhosa, e estão disponíveis na plataforma de streaming mais cara da internet, que não nos deixa tirar prints dos diversos gatinhos que apareceram ao longo dos 40 episódios.
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