• a supercut of us: 2022 edition

    quando entrei na faculdade, por uns dois anos mantive uma lista anual no meu celular com coisas que eu estava fazendo pela primeira vez na vida. em 2016, quase tudo era novo pra mim: foi minha primeira vez na universidade, primeira vez morando longe dos meus pais, a primeira vez que fiz sexo, primeira vez que tomei banho de cachoeira. com o passar do tempo, sobram menos coisas para se fazer pela primeira vez. em 2017, acho que foi a primeira vez que namorei, primeira vez que fiz um estágio… enfim. o número de coisas feitas pela primeira vez já não preenchia uma lista satisfatoriamente grande. acabei deixando essa mania pra lá e em 2018 já não tinha mais lista para preencher.

    em 2022, minha vida mudou de uma forma tão grande, tão enorme, que me fez perceber que sempre há tempo de fazer alguma coisa nova pela primeira vez. longe de mim querer divulgar aqui todas as minhas privacidades, comunicar todos os atos inovadores que acometeram minha existência. um pouquinho de mistério é essencial. mas todo mundo sabe que foi o ano que finalmente comecei a trabalhar, e isso por si só já muda completamente uma vida. sendo assim, acho que 2022 merece uma retrospectiva só sua, e, me inspirando numa thread que li no twitter, vou fazer ela em temas:

    5 músicas que comporam o meu 2022:

    5) willow – female energy pt 2

    o álbum willow em geral foi ouvido a exaustão em 2022. mais pelo começo do ano, quando eu ainda estava morando no hotel, eu chegava do trabalho, comia alguma coisa e ouvia essa música. me dá uma paz muito grande, especialmente naquele momento de maior angústia no trabalho. a willow acertou demais, tanto no willow quanto no lately i feel everything. e no the anxiety. as músicas são sensacionais para ficar gritando no banho e enquanto você cozinha. se todos os nepobabies fossem assim o mundo seria um lugar muito melhor. will smith e família jamais erraram.

    4) as it was – harry styles

    preciso admitir que peguei implicância do nosso colega harry styles durante a pandemia. é engraçado, até, pois até pouco tempo atrás (se bem que parecem décadas) eu tinha ingressos comprados para o show dele, e nessa semana que passou agora ele fez até show no brasil e simplesmente caguei pra ele.

    contudo, a grandeza dessa canção me pegou de jeito. não consegui parar de ouvir em momento algum. erick enjoou dela no primeiro dia, já que era tudo que eu conseguia ouvir. ela ficou no meu top 3 de músicas mais ouvidas, e no top 3 dele também, porque eu ouço muita música na alexa. a vibe da as it was me capturou e sempre me sinto tirada do presente e jogada num passado em que as coisas já não são mais as mesmas… o que acaba sendo bem eu em 2022.

    3) no one dies from love – tove lo

    essa foi a mais difícil de decidir, já que as it was não saiu da minha cabeça, e a primeira colocada foi ouvida a exaustão. mas é inegável que a tove lo é uma musa inspiradora para mim. desde habits, acho ela linda, legal e bem. queria ser um pouco como ela. o clipe de no one dies from love é lindo! tem tudo que eu gosto nele: robôs, romance entre mulheres, belas danças.
    sério: ela conseguiu fazer um clipe que conversa muito com pensamentos que tenho tido frequentemente desde que escrevi aquele texto lá sobre androides e nós enquanto seres humanos algoritmizados. a música ainda trata de um tema que eu amo, que são sentimentos que a gente tem certeza que está sentindo mais que as outras pessoas. ninguém morre por amor porque ninguém nunca sentiu isso aqui que EU estou sentindo. pois tenho certeza que eu irei morrer.
    sabe?

    2) hatchie – lights on

    eu não sei quem é hatchie, nunca fui atrás de conhecê-la, mas erick ouvia essa música e acabou me viciando. quantas vezes eu passei raiva implorando pra alexa por favor tocar hatchie lights on e ela se fazendo de burra. foi muito difícil! mas sério, além da letra extremamente relatable (eu também never felt so good with the lights on), eu adoro essa vibe dream pop, uma coisa meio antiga. sei lá. e absolutamente todas as músicas da hatchie são perfeitas! sério, tenho certeza que vocês vão gostar!!!! ela inclusive tem um cover de august da taylor swift que é sensacional!, ouçam! recomendo também obsessed e stay with me e enfim. todas.

    1) motion sickness – phoebe bridgers

    sim, a música não é de 2022. mas é do meu 2022. essa música literalmente moldou minha personalidade, foi a mais ouvida de 2022, me fez chorar em pleno show. ai. ela é incrível. eu amo tudo sobre ela, especialmente a forma que ela me permite interpretar de diferentes formas toda a minha vida ao redor de umas frases que pra mim é inevitável ouvir e pensar meu deus isso é muito EU.

    filmes marcantes que vi em 2022:

    esse ano teve poucos filmes, mas vários 5 estrelas: volver, velvet goldmine, priscilla queen of the desert, everything everywhere all at once… sem contar os outros que não pegaram 5, mas foram muito marcantes, como lunana, que vi na minha célebre viagem pra são paulo, naquele cinema que a fernanda gosta de falar que todo mundo precisa ir, ou o longa chinês que assisti no mubi, so long my son, sobre um casal chinês e as implicações da política do filho único na vida deles após perderem seu filho.

    acho que todos os filmes me fizeram pensar muito.

    lunana é um filme que trata de uma realidade totalmente diferente da minha, e é interessante ver como outras culturas lidam com questões como educação, felicidade e globalização.

    everything everywhere all at once é o balanço quase ideal entre aventura e um papo cabeça gostoso sobre maternidade e a destruição de quem nós somos de dentro pra fora. todo mundo assistiu esse, né? eu não lembro de tudo, mas lembro que adorei assistir.

    um outro filme que merece uma menção honrosa polêmica é A Perfect Pairing, da netflix. é um romance bastante água com açúcar que tem todos os pontos necessários para tornar uma comédia romântica clássica:

    • casal de protagonistas bonitos e com química
    • a mocinha perde tudo e precisa recomeçar a vida do zero
    • vai pro interior buscando a solução para os seus problemas
    • percebe que não vai ser fácil
    • mas o cowboy gostoso que gerencia a fazenda torna as coisas mais simples com sua ignorância e abs
    • com trabalho duro ela vence seus desafios na roça, beija o cowboy e acaba terminando com ele só porque descobriu que ele não foi 100% honesto: ele não era só um peão, e sim o dono riquíssimo da fazenda!
    • mas sem problemas pois ele irá viajar para o outro lado do mundo atrás do perdão dela.
    • ai ai o amor é tão romântico!
      o filme é RUIM. o final é mediocre. mas é como diz aquela crítica lá, naqueles 50 minutos te deixa num lugar muito confortável.

    séries que amei em 2022:

    • las de la ultima fila

    já falei dessa aqui, e é curtinha, todo mundo tem a obrigação moral de assistir!

    série é foda pq eu literalemnte nao termino nenhuma.

    óbvio que eu já não me lembro de nada que eu vejo, leio, ouço e preciso de apoio externo pra poder escrever esse post. eis que adentrei o goodreads pra ver os livros de 2022 e encontrei uma cena sangrenta e inesperada:

    sim, isso mesmo. não sei mais ler.

    ENFIM. como em todos os posts, deixei pra terminar esse aqui mais tarde e aí tudo perdeu a graça e sentido. falar sobre o que consumi ou deixei de consumir de repente não é tão legal quanto parecia antes. mas existem milhões de coisas que eu de fato fiz. vamos a elas:

    1. após passar o ano novo com meu amado, fomos numa deliciosa formatura de um amigo dele e eu fui convocada no Concurso.
    2. minha carteira foi assinada pela primeira vez, e ganhei salários pela primeira vez.
    3. conheci meu novo amigo gustavo, um dos maiores pontos positivos de 2022.
    4. erick veio morar comigo no fim do mundo e trouxe nosso gatinho.
    5. meus amigos vieram visitar e foi ótimo!
    6. subi um morro lindo e dificilimo de subir, já que gustavo e erick me obrigaram.
    7. comi coisas deliciosas como o ravioli de gorgonzola na manteiga e salvia e o polvo com aligot, além de ter feito lindas tabuas de frios e comido varias pizzas que erick fez.
    8. retornei a viçosa para a minha formatura. foi uma experiência muito enriquecedora, afinal, representou o fechamento de um ciclo que havia sido interrompido pela pandemia e deixado minha vida meio sem rumo. estar lá me lembrou de possibilidades, experiências e até pessoas que eu havia esquecido. foi muito bom voltar e deu uma saudade tremenda de uma das melhores fases da minha vida.
    9. comecei a praticar atividade física.
    10. fui mesária e auxiliei na grande festa da democracia que culminou no retorno do lula a presidência.
    11. fui em festas com meus amigos e me diverti de tal forma que eu não me divertia há séculos, nem lembrava que podia ser tão legal dançar com amigos.
    12. viajei pra são paulo e tive uma experiência tão incrível que gosto de pensar que alterou permanentemente a trajetória da minha vida. me faltam palavras pra descrever o sentimento que foi. lá eu finalmente conheci minha grande amiga fernanda em carne e osso depois de muitos anos de amizade em alma e tweets. ela me levou em museus e restaurantes e estações de metrô e chorou comigo quando a lorde falou palavras de carinho. eu amei cada segundo na cidade que ela tanto adora.
    13. foi em são paulo que eu pude ter certeza que eu não caibo na cidade que eu moro, mas que existem vários outros lugares em que eu posso sim existir na minha plenutide. foi minha primeira vez em um lugar tão grande, e não tive a sensação de esmagamento que imaginei que sentiria. muito pelo contrário, me senti confortável, me senti em casa. foi minha primeira vez em um festival como esse, que me permitiu lembrar que eu gosto sim de arctic monkeys e lorde e pessoas. ademais, eu amei o metrô, os museus, a usp, a paulista, a liberdade, as opções, e principalmente, as pessoas. espero sentir isso de novo em breve.

    esse foi meu 2022. gostaram? eu: sim. e o de vocês?

  • august sipped away like a bottle of wine…

    talvez não funcione muito bem mas eu gosto de tentar escrever alguma coisa pra esse blog todos os meses. mas nesse último mês nem mesmo pensei nisso aqui. desde que a taylor swift disse que august slipped away like a moment in time, assim foi feita a palavra, e eu mal existo nos meses de agosto. (todas as duas unidades de agosto que aconteceram d.f. (depois do folklore)).

    haha

    engraçado reler isso em pleno 28 de setembro, data em que digito essas palavras.

    agosto passou rápido e setembro passou voando, não me recordo de um dia sequer desse mês. o tempo passa muito rápido quando você está no modo de trabalha/estuda/limpacasa/.

    não sei, não estou satisfeita com essa postagem, sabe? fico pensando que cabe mais aqui, que eu tenho mais a dizer. fui procurar nos rascunhos alguma coisa, algo que eu tenha deixado pela metade e que eu pudesse completar, que talvez juntando com esse aqui, virasse um só, e achei um post que está até que grandinho, que eu escrevi quando meu streak do duolingo tinha 100 dias e que reescrevi novamente depois quando streak estava com 250 dias. para fins de comparação, hoje mesmo completei um streak de 563 dias. e eu achei bom, mas acho que fica meio sem sentido retornar tanto assim pro passado num post do futuro.

    mas ao mesmo tempo, eu gostei dele e me arrependi de não ter postado…

    o blog é, afinal, o lugar em que leio onde minha cabeça estava nos momentos anteriores. em agosto e setembro, onde que eu estava? quem eu era?

    eu não sei. 400 dias atrás, eu sei que estava triste e sentindo que as coisas não tem escapatória. já há 210 dias, ficou claro que esse havia sido apenas um momento difícil em meio aos momentos difíceis que apenas um governo de extrema direita poderia proporcionar. domingo foi mais um desses dias, assim como o curto mês de agosto, eu acho.

    segue abaixo a postagem que era originalmente de 30 de junho de 2021:

    head empty, no thoughts.  

    acabei de ler um tweet falando que a lua crescente é um tempo de... crescimento. groundbreaking. bom, tempos de crescimento são tempos de criatividade, criação, desenvolvimento. a fonte é a minha imaginação, claro. o que prova que está funcionando essa coisa de lua crescente.

    não sei por que mas nunca mais sinto vontade de escrever nada. talvez eu esteja um pouco deprimida, não sei. é insuportável morar no brasil de bilsonilro. tudo que acontece em um contexto macro é ruim. não há notícia boa.

    enfim.

    não penso mais em nada.

    lista de coisas que fiz desde a última vez que escrevi aqui e gostei de fazer: 1. li livros da agatha christie:

    esse aqui, os 13 problemas, é muito bom! são vários casos, recomendo.

    o jeito que esses livros me dão paz interior é diferente. nada é capaz de me deixar tão alheia aos acontecimentos ao meu redor quanto ler um mistério do Poirot e tentar descobrir sozinha quem é o assassino com as dicas que ele dá. exceto, talvez, por ler um mistério com a Miss Marple e tentar encontrar o assassino por meio das anedotas que ela conta da vida no interior.

    sigo preocupada com o que farei com a minha vida quando eu terminar de ler todos os livros dela. mas é como aquela expressão que aprendi no CCAA, we'll cross that bridge when we come to it.

    2. vi dois filmes do studio ghibli

    já tentei assistir aos filmes do studio ghibli com meu mozinho diversas vezes, mas eu não estava no mood... sabe? achei meio sem sentido e não aproveitei. contudo, mês passado mozi me chamou pra ver a viagem de chihiro e eu me diverti tanto. todos os personagens são legais, a história é muito divertida e eu simplesmente adorei tudo. fun fact: esse é o filme que mais amigos meus no letterboxd assistiram.

    lindo.

    também assistimos porco rosso. bom, eu assisti, visto que meu namorado dormiu no filme todo. está tudo bem érick aqui ninguém vai te julgar. achei esse filme tão gostoso. a ambientação perfeita, as músicas e o visual fazem você sentir que está naquela itália. nossa, não sei nem como explicar o que senti, mas foi muito bom. foi ótimo quando as meninas criaram o feminismo para fazer o avião pro porco, ele contando a história de quando virou porco, as cenas de ação que são doidas. foi incrível. eu adorei.

    3. joguei fortnite.

    sou a mais nova fã de joguinho de tiro! e aliás jogar isso com a mariana é tudo pra mim. me renova.

    4. completei um streak de mais de 100 250 dias no duolingo

    a gabriela fã de animes vai a loucura! tenho lido mangás e assistido animes e senti vontade de aprender japonês, uma língua que, apesar de ter 3 alfabetos, tem fonemas mais semelhantes aos do português do que o mandarim, por exemplo, que era muito frustrante pra mim visto que não consigo ouvir diferenças entre os má mà mâ ma mA. no caso, entre o dia que comecei a escrever esse post, e o dia oito de novembro, já cheguei ao streak de 250 dias. será que permanecerá pra sempre? espero que sim, é divertido.

    5. nao sei estou morta por dentro e nao sinto nada nao sei de nada nao tenho vontade de falar mais nada.

    gr. haha! o que será que rolou nesse momento aí, mais de 150 dias atrás, quando algo deve ter me machucado muito? não sei.

    parece errado continuar uma postagem que quem escreveu foi uma versão diferente de mim. afinal, como eu posso me recolocar na posição que eu estava quando comecei a escrever essas coisas acima? ok eu editei um pouco a parte do fortnite e do duolingo. mas num geral, quem sou eu para continuar um raciocínio que eu já nem sei qual deveria ser? pelo que eu li, e vocês também leram, eu estava apenas depositando uma lista de coisas que estava fazendo com frequência num momento em que eu estava mais pra baixo. como é inevitável de ficar morando no brasil do boslsinoro e vivendo sem perspectivas de futuro, que é como é eu estava na época.

    mas tudo mudou. e por tudo eu quero dizer algumas coisas.

    então segue o que eu fiz e os motivos pelos quais sinto que eu hoje sou diferente da eu que escreveu o começo do post.

    1. estudei muito pra determinada prova de concurso que aconteceu em determinada data que caiu perto do meu aniversário.

    eu estudei bastante, gatas. por mais que eu estivesse fazendo isso sem obrigações, mesmo desanimada, mesmo que não fosse um fluxo contínuo de estudos, eu estudei. deu frutos, pelo visto.

    ~~

    sim, o final é meio abrupto. é que provavelmente eu achei insuportavelmente cringe e desisti de continuar. sei lá.

    ~~

    o animal conta os minutos para dar 16h04. a perna embaixo da mesa treme de antecipação. o relógio do ponto já está vermelho e o animal está com o registro aberto, faltando apenas o passar dos minutos para o enter que simboliza o fim do expediente. dentro do animal, existem dois lobos, e parado na porta de saída do escritório, ele pondera: finalmente iremos a caça ou a casa?

    é claro que a caça vence.

    depois de seis horas da mais pura chatice e estresse, o animal merece alguma coisa capaz de proporcionar sentimentos de alegria no âmago de sua alma. o animal sai em direção ao mercado, onde percorre em círculos todas as gôndolas repetitivamente. qual produto de limpeza parece ser capaz de mudar vidas? qual pote de 5 reais será responsável pela reorganização total da cozinha? qual dessas comidas vai proporcionar maior satisfação? o animal não sabe dizer, e acumula produtos nos braços desesperadamente, arrependido de não ter pegado a cesta antes que fosse tarde…

    mas não é suficiente.

    o animal não está satisfeito e precisa caçar algum lugar melhor. algum lugar que o faça realmente feliz. o animal vai em mais um mercado e compra mais 100 reais de itens diversos que não possuem coerência entre si.

    o animal gastou 250 reais no total.

    o seu vazio interior continua estranhamente… presente. não vai ter jeito… amanhã ele terá que caçar novamente.

    mercado.

    ~~~

    obviamente minhas palavras se tornam obsoletas antes mesmo de serem pronunciadas. o presente sempre é o passado do futuro.

    hoje, sentei na frente da tv por apenas alguns minutos para descansar do trabalho antes de começar a estudar mais um dia para um novo concurso. o problema do celetista é esse: sentar no sofá. o risco que ele corre é enorme, afinal, o sofá é notadamente o maior sugador de energia vital do ser humano (perdendo apenas para a labuta), que é utilizada imediatamente numa experiência de teletransporte dimensional. basta uma sentadinha após o expediente, e você pode se encontrar novamente 3 horas depois descabelada e com fome, sem entender como passou todo esse tempo em outra dimensão (o tiktok).

    mas, como eu estava com uma leve dorzinha nas costas, decidi descansar meu corpinho por apenas alguns minutos, enquanto assistia alguma coisinha na netflix, vocês sabem como é. quando eu dei por mim, estava no sexto episódio de garotas do fundão, uma deliciosa série da netflix espanhola, com apenas seis episódios de quarenta e poucos minutos. e foi muito bom!

    é ótimo quando você encontra uma série que faz com que você nem mesmo sinta culpa por estar abdicando das suas responsabilidades para poder assistí-la. não é um sentimento que sinto com frequência, então fiquei bastante feliz por poder sentir novamente essa emoção. a série inicia com 5 mulheres raspando as cabeças, e logo entendemos que elas fazem aquilo porque uma delas está com câncer, e elas farão uma viagem para esquecer disso por alguns dias. nessa viagem, elas decidem se decidir a realizar desejos profundos das almas de cada uma, em formato de desafios. é uma amizade linda, entre personagens marcantes, realistas, e apesar do assunto pesado, você não pensa nele em momento algum.

    na realidade, é esse o objetivo da viagem delas, e é exatamente o que elas conseguem com a série, que trata de inúmeros assuntos difíceis sem perder o bom humor. a gente vê muitos questionamentos sobre sexualidade, moralidade, relacionamentos em suas mais diversas formas. a sensação de que os desafios podem mudar vidas, porém muito provavelmente não mudarão nada, é uma sensação que eu mesma senti e sinto em muitos momentos da minha vida mesmo.

    nossa. eu realmente recomendo, acho que é uma das melhores séries que já vi na vida.

    e por hoje é só, pessoal.